Mais uma
vez. Não me interroguem com suposições completamente equivocadas. Aqui fala Melanie.
Nome bonito, não? Tenho certeza que sim. Posso falar sobre o meu dia? Se não
for incomodar, claro. Penso que não, mas podem interromper caso se sintam
sufocados. Sempre me sinto sufocada quando leio textos extremamente
melancólicos. E-X-T-R-E-M-A-M-E-N-T-E, não aprecio muito o uso desta palavra, soa
comum, desajustada, parece que o texto foi feito por uma pessoa normal, sem
sal, açúcar e nenhum outro condimento. Sou cheia de condimentos e artifícios,
naturais, acreditem.
Hoje eu
levei um balde de água fria interno. Na verdade, isso aconteceu há exatos
cinquenta minutos. Mas devido à constância rotineira dos fatos, meu coração se
acomodou. Confiar é como andar em uma corda bamba, sem proteção e de olhos
fechados. É quase como um suicídio sentimental. Seres humanos são maldosos,
frios, calculistas, egoístas. Não me enquadro nesta espécie que auto julga-se
sapiente. Nego até a morte pertencer a esta espécie irracionalmente designada
como racional. Não sou.
O dia foi
bipolar, ele segue a minha personalidade impetuosa, desculpe. No período em que
o sol estava expondo a sua beleza no céu, meu corpo experimentou um sabor
ardente. Esgotei minha cota diária de endorfina. Agora, quando o sol abandonou
o céu, a adrenalina deixou-me alerta. Confesso que não gosto muito dessa característica
peculiar. Perceber de maneira exorbitante as intenções alheias destrói meu coração
mais do que permanecer eternamente ignorante quanto aos fatos.
Descobri,
atinei. Surgiu em minha mente de forma misteriosa, exatamente como aconteceu
durante todos esses dezessete anos. Busquei, encontrei. Confirmei. Juro que não
foi surpresa. Uso as misteriosas nuvens do esclarecimento desses dezessete anos
há exatos dezessete meses. Não foram poucos fatos notados. Na verdade,
esqueci-me da maioria.
Sou inusitada,
peculiar, insólita, inédita. Viciada em sinônimos. Descrente no mundo, mas com
uma esperança característica. Acredito que viver em sonhos e criar realidades é
um bom caminho para a felicidade. Pode crer, o mundo da imaginação é bem mais
satisfatório. Agora vou embora com meus devaneios, estou extremamente sufocada.
EXTREMAMENTE. De novo? Desisto. Adeus.
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